domingo, 23 de janeiro de 2011

AMY, A MUSA - Resposta a Crônica de Maria Paula - Correio Braziliense

Olá querida Maria Paula.

Achei bem interessante sua crônica sobre Amy Winehouse. Mas confesso, fiquei incomodada.
Sou cantora, acho que você deve se lembrar de mim.
O que me incomoda é que o público, que você chamou de paciente, já se contenta em ver Amy neste estado.
Me preocupo porque, na verdade a música e o talento se vão para segundo plano.
Infelizmente, estão vedendo Amy, a bebada e não a musa.
Sei como funciona, às vezes, este mundo de gravadora, mídia, fama e celebridade.
Torci para que este show fosse fantástico, que podéssemos ouvir a bela voz verdadeira de Amy.
Vê-la como no início, que não tem nem tanto tempo assim.
Para mim o que vale é um belo show, com luz, fumaça, ventilador e o mito arrasando no que sabe fazer melhor.
Fico triste por ter presenciado, mais uma vez, a decadência desta cantora que começa uma carreira, já com cara de fim.
A mídia é cuel, como você diz, mas realmente eu não posso ter paciência com a falta de respeito ao público.
As letras depressivas não bastam. Será preciso mostrar a total fragilidade de sua vida pessoal? Isto deve render..
Amy tem, somente, dois discos e fala que não quer sua música esquecida. Mas a preocupação de alguns, não é com
esse detalhe, que ela prima por lembrança.
Continuarei torcendo para que esta menina que mal começou, se encontre e volte a cantar e encantar com qualidade plena -
MENTE SÃ EM COPRPO SÃO, Amém. E que consiga levar sua carreira sem precisar recorrer aos escândalos que a mídia tanto considera.
Porque, eu não quero achar que para sermos considradas musas, nós cantoras, tenhamos que lamber o chão, cair no chão,
quebrar o salto, perder total elegância para que nosso talento seja notado.
Já basta - Põe a mão no joelho, dá uma abaixadinha, vai descendo gostoso, balançando a bundinha...

Beijo com carinho
Célia Porto

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